sexta-feira, 30 de março de 2012

Iracema, José de Alencar


José de Alencar foi considerado um dos mais importantes escritores românticos do Brasil, ele nasceu em 1829 no Ceará e faleceu em 1877 no Rio de Janeiro aos 48 anos, deixando para historia da literatura brasileira inúmeros livros que fazem sucesso até hoje. Alencar foi conhecido por suas obras literárias, mas também já fez peças de teatro, foi advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça depois de abandonar a politica José de Alencar dedicou-se exclusivamente a literatura e aos 26 anos publicou sua primeira obra ‘’cinco minutos’’. José de Alencar se preocupava em criar e fortalecer a raiz brasileira de seus personagens e dos cenários onde a historia se passava, fazendo assim uma linguagem totalmente detalhada, contando sobre os mitos, crenças, tradições e costumes e assim mostrando toda a cultura por trás de cada pessoa e povo. E assim foi com a história de Iracema uma obra que foi publicada em 1865 e foi um dos pontos altos dos livros de José de Alencar.
O livro Iracema traz uma trágica história de amor que da vida ao primeiro cearense e envolve a filha do pajé Araquém que é descrita como a índia mais linda da nação tabajara considerada uma deusa que guardava o segredo de sua tribo e um português Martim um personagem histórico que era aliado dos pitiguaras, e ao se perder de seu fiel amigo Poti encontra Iracema na mata que por desconhecer a origem do homem branco e pensar ser um mal espirito da floresta lança sua flecha contra Martim que ao por os olhos sobre a índia se apaixona completamente e não reage ao ataque da bela virgem que ao perceber que se trata de um homem Iracema se pôs a ajuda-lo e o leva a cabana de seu pai Araquém que recebe seu hospede como se fosse seu filho mesmo já sabendo a desgraça que ele levaria a sua nação. A história se desenvolve em volta desse amor e mostra a guerra que se formou por causa de Martim e Iracema, por Iracema fugiu com o português e por ela morreram vários tabajaras mais nada disso importava a paixão entre eles era muito maior, depois de varias guerras os dois foram embora da terra dos pitiguaras para que Iracema não ficasse triste por estar na terra inimiga de sua tribo, junto deles partiu também Poti fiel amigo de Martim que no caminho fez uma visita ao seu avó Batuirité e naquele momento o velho guerreiro deixado para morrer em paz antes de fechar seus olhos para sempre vê ali o domínio dos estrangeiros pelos índios e a extinção da sua nação, os três seguem seu caminho e mais a frente encontram um lugar para levantar suas cabanas e poder viver em paz mas logo se Poti e Martim partiram de novo para uma guerra contra os tabajaras e os seus aliados os franceses, Martim deixo sua linda esposa e futuro filho sozinhos sem saber o que custaria no futuro, seu amor por Iracema ficou abalado pela saudade de casa mas Iracema tinha seu amor intacto como se toda vez que ela olhasse aos olhos do marido ela se apaixonasse pela primeira vez de novo. O amor dos dois custou caro para uma nação toda e trouxe para os índios o começo do fim de sua paz.
Depois de se acostumar com a linguagem difícil e com muitos detalhes Iracema deixa de ser uma lenda, um livro, e na nossa imaginação vira realidade como se estivéssemos presentes a cada canto da jandaia, ave amiga da virgem dos lábios de mel e encantados com a beleza de Iracema, é como se pudéssemos sentir sua dor. O detalhe de José de Alencar ter misturado fatos e personagens reais fez como fosse inevitável acreditar nesse amor fez ficar tudo tão possível como à pureza do amor, a amizade fiel e o cenário perfeito que hoje não vemos mais fez essa história criar vida em meio de palavras, e transformar um livro em um símbolo real da cultura brasileira de hoje em dia, Alencar em cada comparação mostrou o orgulho pelas belezas naturais, mas também teve entre os versos a leve critica subentendida aos estrangeiros. Iracema sem duvida é uma jóia preciosa da literatura brasileira é um livro pra não esquecer nunca e para ter orgulho por ter existido um escritor tão genial que nacionalizou a literatura romântica de uma forma tão marcante como José de Alencar fez.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Amar é uma razão ou é apenas emoção?


O amor para uns é um sentimento puro e transparente que é levado pela inocência e regado pelo carinho que às vezes não cabe dentro de nos mesmos e acaba transbordando em lagrimas ou em sorrisos, mas nem sempre as lagrimas são de tristeza ou os sorrisos são de verdade.
Existem pessoas que dizem que não sabem o que é o amor outras dizem que nunca amaram, mas perigosos são os que não acreditam ou não amam, esses são frios e agem como se o simples fato de possuir o amor de alguém substituísse o sentimento de amar e assim não existe nada entre isso a não ser palavras vazias, atos sem pensar e promessas que nunca vão ser compridas. Quantas vezes alguém já não sentiu aquele frio na barriga e foi egoísta a ponto de querer ter essa pessoa só pra você e no fundo saber que essa pessoa nunca vai ser sua, mais no fim sempre deixou estar e sempre aceitou ver essa pessoa feliz de longe mesmo sem estar contigo. Eu acredito e sempre acreditei que o amor e a loucura não fossem sentimentos que andasse um ao lado do outro mais sim que eles eram um só, às vezes esse sentimento começa mais frágil e mais quieto, e às vezes ele vem mais forte e mais rápido e assim acaba cometendo suas loucuras, mas sempre pensando na pessoa amada. Tem pessoas que acreditam mesmo nesse amor que mata no amor que machuca e no amor que não aceita, isso não é amor, essa coisa que mal posso chamar de sentimento nasce nas pessoas que não acreditam no amor e não tem a chance de aprender com ele, e a partir do momento em que a pessoa não ama tudo se torna apenas objetos que ela pode ter e cada vez mais se torna possessivo em cima daquilo, e com isso pode se ver que não é mais o amor e a loucura, e apenas loucura misturada com sentimentos ruins e que fazem de uma pessoa um ser ruim e mal. O amor verdadeiro machuca também quem sabe amar quando não é correspondido às vezes faz doer tanto que chegamos a nos perguntar os porquês de acontecer, o porquê de amar, mas é com isso que acabamos aprendendo o sentido da vida, é no amor, nas decepções, nas lagrimas, nos enganos do coração que lapidamos quem nos somos o que queremos e que vamos ser no futuro, e essa dor acaba vindo como um bem pra quem aprende a lidar com ela, pra quem conseguiu aprender amar e aceitar tudo que esse sentimento traz de bom e de ruim e com isso não ficamos frios e sim mais inteligentes sobre as loucuras do nosso amor.
Isso é o que eu vi do amor o que eu sei e que senti sobre o amor e sobre a loucura, o amor pra mim é cuidar e a loucura e fazer tudo pela pessoa e pelo bem dela, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte separe. Mas claro que para cada um existe um jeito de amar, uma forma de amor, e um entendimento sobre esses sentimentos o que importa no final é a felicidade de cada um que ama. No amor não existe certo ou errado, e a loucura não significa algo ruim, na verdade ruim é o que o ser humano faz em nome disso, diz que por amor mata e morre amor não é assim, amor cuida e salva o amor ensina e aceita, e às vezes vale mais a pena um amor não correspondido, mas verdadeiro, do que se entregar a alguém e receber em troca mentiras e traições e talvez nunca descobrir se esse amor é verdade ou não. Ainda me sinto uma ignorante sobre o amor, e talvez eu seja, talvez todos sejam mais o que importa saber de tudo se eu posso apenas sentir, prefiro arriscar e dizer que amo, amo até as incertezas de amar pois assim eu procuro aprender e quem sabe um dia afirmar que sei tudo sobre o amor ou quem sabe só os loucos sabem amar, ou aprenderam tanto sobre o amor que ficaram loucos.